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5 erros graves que podem acabar com sua gestão industrial

Sua fábrica está longe de atingir as metas? Quando os resultados não aparecem, é natural que se questione o desempenho da equipe, mas isso não explica tudo. Uma produção insuficiente não deve ser atribuída somente aos colaboradores. Essa pode ser, inclusive, uma consequência de erros na gestão industrial. Entenda neste artigo a sua responsabilidade sobre os números negativos.

5 erros (e suas soluções) na gestão industrial

Uma indústria, ainda que seja de pequeno porte, oferece desafios particulares à gestão. Mantê-la competitiva no mercado depende de encontrar uma solução que atenda às demandas de clientes pelo menor custo de produção, sem perda de qualidade e agregando inovação.

A tudo isso, soma-se o fato de manter a motivação da equipe, de forma que cada colaborador se veja como uma peça da engrenagem que depende dele para funcionar perfeitamente.

É por essas razões que, entre os principais erros na gestão industrial, estão aspectos diretamente relacionados ao dono do negócio, conforme destaca o consultor e palestrante Luiz Carlos Tiossi, que possui MBA em Gestão de Negócios.

A seguir, ele ajuda a listar alguns dos equívocos que você pode estar cometendo na condução da fábrica e aponta possíveis soluções para cada um deles. Confira:

1. Baixa qualificação em táticas e técnicas de gestão

Você é o gestor, mas não se comporta como tal, pois não entende de gestão ou desconhece suas principais estratégias. Para alcançar o sucesso, não basta abrir uma pequena indústria a partir de uma boa ideia ou afinidade com a área. Os resultados obtidos no seu negócio deixam isso claro.

A solução: Tiossi recomenda qualificar-se como gestor através das inúmeras alternativas oferecidas no mercado. Muitas delas são gratuitas, em programas disponibilizados por entidades como Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Confederação Nacional da Indústria (CNI). Se for preciso pagar pelo curso, veja isso como um investimento em nome de seu crescimento.

2. Baixo investimento em recursos tecnológicos e inovação

Seus processos são ineficientes, os equipamentos estão defasados e você não apresenta ao mercado nada que seja capaz de posicioná-lo com algum destaque diante da concorrência. Virar as costas à tecnologia e inovação é comportamento esperado de um gestor desatento e desatualizado.

A solução: a sugestão é pesquisar incansavelmente a respeito de seu modelo produtivo, participando de feiras, eventos e congressos de seu setor. É lá que poderá identificar tendências, obter ideias e fomentar contatos. Procure informações com suas entidades de classe e converse com pares ou similares para avaliar sua empresa e incorporar as melhores práticas.

3. Falhas no processo produtivo com ausência de técnicas de vanguarda

Sua indústria não é nova no mercado, e você acredita que um nome forte aliado à experiência garante os bons resultados. É por isso que faz tudo igual há tanto tempo. Só não contava com a movimentação de concorrentes que, diferentemente de você, saíram da inércia e se atualizaram, otimizando processos e economizando recursos na produção.

A solução: perceba que, tal qual no segundo erro, ainda estamos falando em inovação. Não por acaso, a solução aqui é complementar à anterior. Assim, observe as informações que obteve com suas pesquisas sobre o modelo produtivo e remapeie os processos industriais. “Agir prontamente, se possível envolvendo sua própria equipe”, diz Tiossi.

4. Equívocos e despreparo na liderança de equipes

Você é o dono, mas não um líder? Esse equívoco pode se manifestar de duas formas: por adotar práticas ruins na condução da equipe ou por simplesmente se ausentar dessa responsabilidade. Nos dois cenários, seu comportamento inadequado prejudica os resultados e só atrai comentários em desaprovação nos corredores.

A solução: nesse caso, é preciso se capacitar como líder. Você deve entender que pessoas não são máquinas, que os equipamentos dependem delas e que os colaboradores respondem melhor a climas organizacionais mais positivos e estruturas organizadas, com procedimentos claros e sintonizados com as demandas da empresa.

5. Deficiências no relacionamento com seu mercado

Digamos que você faz quase tudo certo: se qualifica, investe em tecnologia, inova no produto ou no processo e é o líder que mantém a equipe engajada. Mesmo que tudo isso seja verdade, sua falha não é menos grave, pois esqueceu da peça-chave no quebra-cabeças do sucesso: o cliente. Quem ele é, como pensa, como age, o que busca? Ao não ter as respostas, já sabe a causa do seu momentâneo fracasso.

A solução: converse com seu mercado, visite clientes, faça pesquisas e monitore seu relacionamento através de processos simples de um sistema CRM, o que permite estar perto do perfil do seu público. Tiossi recomenda ainda agir prontamente na busca pela satisfação geral de sua carteira.

Por que identificar os erros na gestão

Agora que sabe quais são alguns dos principais erros na gestão industrial, você pode estar se questionando: se minha empresa é tão pequena, por que devo me preocupar com isso?

Em primeiro lugar, entenda que os equívocos listados não são restritos a uma grande indústria. Ainda que sua relação com os resultados sejam proporcionais ao tamanho do negócio, podem ser decisivos quanto ao crescimento ou mesmo à sobrevivência dele. “Os empreendedores não podem mais estar à margem dessas questões, pois o mercado é implacável e está cada vez mais exigente quanto a isso”, alerta Tiossi.

A verdade é que toda empresa pode errar – e isso não é exatamente um pecado. O pecado está em ignorar esse fato, não saber como identificar os equívocos na gestão, não os admitir e não tomar atitudes corretivas imediatamente.

Se você vem errando, respire fundo e busque as soluções, que certamente passam por processos de diagnóstico bem elaborados e executados por profissionais competentes.

O consultor nos lembra que estruturas mais enxutas oferecem maior rapidez, mas você precisa descobrir se o “enxuto” é fruto de uma gestão modernizada ou deficiente pela falta de ferramentas gerenciais e produtivas adequadas e processos bem definidos.

Com um diagnóstico correto, será possível acertar também no tratamento – de nada adianta buscar o remédio errado. Para esse objetivo, Tiossi aponta quatro possíveis caminhos, acessíveis mesmo aos pequenos empreendedores:

  • Metodologias de Balanced Scorecard (BSC) que apontam áreas de melhorias em desempenho
  • Softwares que reúnem informações a respeito a produção e relacionamento
  • Profissionais de consultoria habilitados que dominam ferramentas e podem propor um trabalho mais intensivo
  • Entidades como Sebrae, Senai e CNI também oferecem programas de competitividade capazes de apoiar o empresário nessas demandas.

Um erro leva a outro

Esperamos que, com este artigo, você tenha entendido que também é responsável pelo fraco desempenho da empresa, mas que as soluções estão ao seu alcance.

Caso ainda não esteja convencido da importância de identificar e corrigir possíveis equívocos na gestão industrial, saiba que eles são a causa de problemas pontuais que você percebe no dia a dia, como a incapacidade de atender à demanda, o descontrole sobre informações relacionadas a estoque, finanças, colaboradores e equipamentos, por exemplo, além de entraves logísticos que trazem prejuízos às entregas.

Reveja seus processos e aposte em uma gestão organizada e integrada para que a produtividade da sua indústria não acabe afetada por posturas facilmente evitáveis. Já que o negócio é seu, que tal ser o gestor que ele merece?

 

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